PANO SOCIALIZADO

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Pano socializado

Tempo nublado no lhe vejo de frente
nem de lado, fechado pequeno quadrado,
morro sempre fumaçado, rezo amanhã
desfaço embaraço agradeço obrigado.

Pano socializado rabiscado traços meramente
conservados o conheço mesmo sem escalado.
Mente espera ansiosa grande eu quem abraço,
todos aqui ajudam vizinhas do casebres do lado.

Psiu! - Pinto paisagens, mesmo sem ter voado,
face corpo do Redentor senhor muito adorado.
Sigo na luta no passado tudo teve abandonado
como o que é Deus sorte dele foi eu escolheu.

Hoje televisado caramba tudo muito embasado
não avisto Cristo aqui agraciado, corpo molhado
tiro dele retrato. Volto mentalizado visão do pouco
amim mostrado, engrandecida conheci o Corcovado!

Rede Asta produtos sociais a serem comprados, bom 
bonito qualidade e barato, ajude o ser humano a ser 
vivenciado!

Pensamento voador socializar para amar, basta querer!
Famílias dependem de mim também de você, juntos é certo
conseguiremos vencer!

Pelo sinal da santa, santa, santa cruz.  

Axé, Amem! 




(Karamujô @ favela)


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SÃO JORGE

SÃO JORGE 

São Jorge, abstrato simbolo estampado na lua,
retrato da fome, chão vida crua deitado na rua.
Concreto armado morro favelado, em pé não
difere dormi nem acordado, salve vivo calado.
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Tronco ferrado fincado  palmares,  olho  de terra
proletariado, canudo surdo exposto miudo  mudo
no aviário. Caro varão nada foi ao contrário, sapato
carvalho, braços aberto visto olhando ao contrario.
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Subtítulo escrito liberto estado de sítio, montanha
providência  plantação nasce cegonha, vizinhança
com  vergonha. Não muito  longe irmã comunidade
congonha, maquinas de ferro vista contemporânea.
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Senhor do cavalo, lança  arruda no  mal  olhado,  falado
gingado do capoeirado, samba na penumbra foi criado,
poemas versos poesia agrado muito esquecido de lado.
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Ogum irmão desbravador eu sem solidão, suco de laranja
sem limão, abro saio volto fecho o portão, sempre panela
vazia na mão, prostíbulo sem grade mera visão de prisão.


Karamujô 

TEMPESTADE

TEMPESTADE 

Sandy tempestade que destrói
alma se protege sofrimento dói
machuca fere coração alto de voz
união construção íntimo ser  feroz
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Giro meio que poderoso constante
olho  aberto  mais sempre vigilante
apavora  viventes  conservantes
mesmo  por mais alguns  instante
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Tubo  gorgudo  nariz  barbudo
tudo  se  destrói  mero  segundo
pássaros vegetais num só mundo
classe social  também moribundo
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Chuvas emburga  plantações  cumulga
mar ondas contra barcos que afundam
será isto prenuncio começo que afunda?
vida  que salva, vida morre fé profunda
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Deus Universo  soma  não  subtrai  jamais
Natureza ama todos seres humanos iguais 
Suor, forças  união nesta  hora multiplicai
USA, parabéns pela união  de  todos vocês
meu rapaz!
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Karamujô, sem essa de doutor, deixa um forte
abraço  de papai,  vovô  solidário  acolhedor, 
com muita paz amor a esse povo lutador, 
vencedor!
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Axé - Axé - Axé ô!!!
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Karamujô 

BRILHANTE GIRASSOL

BRILHANTE GIRASSOL

Obará destino no ar, Ogum
Ilê axé babá, Oxossí , Oxalá,
Iyá Iemanjá corda de  ouro,
prata, abobora não degustar.
...............................................Prosperidade não disfarça,

energia positiva não fumaça,
solidão as vezes abraça, Tudo 
de bom vida de graça.
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Criatividade mente fantástica,

espiritualidade ordeira sempre
disfarça, naturalidade minério 
sem vaidade ajuda com verdade. 
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Longe de subestimar abraçar beijar,
nunca humilhar ser humano amar,
você, eu substância deste só lugar,
pare  pense, estagnada dupla mente 
em desenvolvimento crescente.
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Brilhante girassol segue vive sol,  
terra nasce cura germina, pássaros
com vitaminas, água pura de mina,
vento leva e combina a mistura 
sequência graça divina.
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Paz  sempre  saúde,  peça   favor

venha  ajude, branco  negro, velho

juventude, pipa  carretel  bola  de 
gude, prato de comida sem grude,
seu pensamento doar, prática mude
agora já!
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Sorte axé!

Karamujô

CAMA SEM COLCHÃO SERTÃO

CAMA SEM COLCHÃO

Vida plena, Natureza Universo sequência

plena, branca ave da paz com pena, retire

rochedo paredão,  fogo  que  racha o chão,

queima o corpo pés do sertão.
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Bode cabeça grogue,  couro chifre  faz pobre,

macaxeira farinha crua não cheira, jerimum
peso  de grão  peso dum,  zumbido  zum  zum, 
palma  de  espinho,  calendário  feijão  corda 
justiça prescrição.
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Porta   feito  rua  visão,  sentado   no   portão, 
estrado de graveto cama  sem  colchão, jovem 
ruga  velho  cidadão  sem  irmão, pensamento 
penumbra escuridão, doí coração não respira
fraco adoentado pulmão vestimenta sem solução.
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Barco  vento  de proa,  carranca  fantasma canoa,
Velho  Chico forte  correnteza  ecoa  desbravando 
gaivota alimento que voa,transposição emperrada
contraste terra mapeada farta tudo não se faz nada, 
sincronismo certas mentes atabalhoadas.
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Padinho  Sícero,  promessas   rezas   novenas   não 
abençoadas, ninguém sabe  finge ninguém viu nada, 
carro pipa  água  mês passada,  tudo palhaça, sofre 
irmão sem nada, burocracia burra emperrada, 
sertanejo maltrapilho socorro brasileirada.
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Sutinóquio, celulose óculos de visão tapada escura 
desviada,  caneta  na mão rosada, sangue  do  meu  
sangue, ventre  terra tocando  berrante,  solte  a  
boiada seguimento poeira avante, nem mais um 
estante! Ridículo regimento gritante!
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Cruz com Deus, cruz sem Deus! - Joelhos esfolados
feridas com machucados Deus! - Ele - ela também é
eu! 
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O Jumento ainda não morreu! 
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VALEU!


Karamujô
  

BECO DO CORUJÃO

BECO DO CORUJÃO

Ronda baralho na  mão,   vela acessa no chão,
valas   sanguessuga  pé   sujo  descalço   barro 
cascão, remendo alinhavado malhado calção
guri crescido feito de ilusão lado visão.
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Água escasso  bicão, poço  saloba   cozinha faz
arroz com feijão, café da manhã pequeno sem 
manteiga pedaço de pão, rua sem saída infância 
moleque beco do corujão.
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Bola de pano rachão, jogo de toquinho salve
meu timão calçado vermelhão, pique esconde
saí de traz do portão, salada de fruta, beijo no
rosto verruga na mão, copo bola sopro de sabão.
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Pipa de papel de pão, linha de costurar solução, 
madeira jogado na cela peão, bola de gude jogada
com mão, cuspi à distancia bala distribuição, carniça
corre cuidado medo coração perde última posição. 
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Dona Dede Caboclo arruda junho festão, Lampião
cangaceiro sentado no portão, Lalá bacia doce Cosme
Damião, posteriormente lombrigas de montão, tudo 
certo verso dor de barriga purgante sai  reverso.
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História do passado aqui pouco relatado, hoje crianças 
presas ao quadrado nada aprendizado, não brinca na
areia, livre de poeira, se liga postura bobeira! Tudo na
vida é brincadeira, cachorro quem vive de coleira.
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Sinal da Cruz. Amem!


Karamujô

MACUMBEIRA REZADEIRA

MACUMBEIRA REZADEIRA

Bungaceira pouco dinheiro sacola feia,
segunda dia de feira,caminhada festa 
providência festeira, caldo de cana,
empapuça gulosa pastel  de carreira.
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Pimenta malagueta do reino dia de treino, 
chinelo pé tá doendo, alface creme passado
em face, couve você me houve, bertalha angu
refogado no sul Bangu.
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Laranja do sítio fresca do tio, banana nanica 
grande grossa enche barrica, legumes como de 
costume se vira me arrume, pepino comprado 
no bacia corpino, quer alho do carvalho.
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Sardinha coentro bancada filé, rugas senhora
macumbeira rezadeira de fé, pandeiro samba 
de terreiro, churrasco jogo de baralho, cerveja,
queijo coalho, batida de capim, suco de pudim. 
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Hora de hora ir embora, busca moleque na escola,
janta resto de outrora, sururu continua na vizinha 
aurora. 
............................................................................
Marido família, igreja convento, essa mulher 
não aguento,linda por fora manguaça dentro,
ventania olho do vento fuja leva talento.
.........................................................................Fruto folhas do chão mistura arroz com feijão,
sem dinheiro marimbondo  picada de ferrão,
doente rugas descansa no colchão, bicho de 
mão.
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Saravá patacorí - Amem! 
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Karamujô 

CHUCHU BELEZA!

CHUCHU BELEZA!

Samba de quadra, pagode de mesa,
muito bom! Axé com certeza!
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Carnaval, mulatas, passista, chuchu beleza!
Nós mora no  morro,  asfalto,  favela, ele ela,
salve  Jorge  reze,  fita  vermelha  fé, pode!
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Sombreira longe sem bobeira, fruto som de
carreira, mulher bonita com o sem barriga,
parceiro  guerreiro  de terreiro, tamo junto,
linda frondosa mona parceira.
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Cidade  do samba  morada  de  bamba, carioca
suco açaí mistura acerola, gringo soa espanhol
maracanã  com  futebol  saúde  semancol, solta
pipa linha carretel, caipirinha, gelo, mel. creu! 
........................................................................
Bulga pulga,  chamuscado  bigode  do  portuga, 
chapéu de couro,   sertanejo  cara  bom. socorro!
Lapa choro, boemia malandro soprano no pano,
passarela do samba, festa singular profana.
..........................................................................
Bate toca atabaque, fank sol de laje, baiana
acarajé,  arruda  sal  guiné  povo  do  Jongo?
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Axé!!!
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Karamujô 

CORONEL RATÃO

CORONEL RATÃO

Birigbá , leigo porém macumbeiro, animal meio 
que racional mandingueiro, bonito bom rapá,
politicamente correto aki não dá! Escreve-se 
o que a mente se faz pensar.
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Coronel Ratão, gosta de televisão, deturpa mente sem 
solução, vive preso no quadrado sem visão, ama família
vive de piadinha, sem fofoca com a vizinha dona mariquinha.
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Sargento Ratinho, menino bonitinho gordo baixinho destaca
seu bigodinho, subordinado miolos cronometrados, corpo
fora de encorpado, roxo todo rosado, muy bem, coitado!
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Soldado Ratinho, peixe fora do aquário, come respira  fala
besteira, sonha pensa em carreira, cairá da cadeira, mora 
com tal de obreira, sei tudo é brincadeira.
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Karamujô, sem essa de doutor, faça- me o favor! Ridículo 
pensador, maneiro mais singelo vovô, essa foi pouco pague 
mande-me o troco, tudo sufoco carne de pescoço.
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Amem!


Karamujô