SÃO JORGE
São Jorge, abstrato simbolo estampado na lua,
retrato da fome, chão vida crua deitado na rua.
Concreto armado morro favelado, em pé não
difere dormi nem acordado, salve vivo calado.
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Tronco ferrado fincado palmares, olho de terra
proletariado, canudo surdo exposto miudo mudo
no aviário. Caro varão nada foi ao contrário, sapato
carvalho, braços aberto visto olhando ao contrario.
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Subtítulo escrito liberto estado de sítio, montanha
providência plantação nasce cegonha, vizinhança
com vergonha. Não muito longe irmã comunidade
congonha, maquinas de ferro vista contemporânea.
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Senhor do cavalo, lança arruda no mal olhado, falado
gingado do capoeirado, samba na penumbra foi criado,
poemas versos poesia agrado muito esquecido de lado.
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Ogum irmão desbravador eu sem solidão, suco de laranja
sem limão, abro saio volto fecho o portão, sempre panela
vazia na mão, prostíbulo sem grade mera visão de prisão.
Karamujô
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