BECO DO CORUJÃO
Ronda baralho na mão, vela acessa no chão,
valas sanguessuga pé sujo descalço barro
cascão, remendo alinhavado malhado calção
guri crescido feito de ilusão lado visão.
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Água escasso bicão, poço saloba cozinha faz
arroz com feijão, café da manhã pequeno sem
manteiga pedaço de pão, rua sem saída infância
moleque beco do corujão.
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Bola de pano rachão, jogo de toquinho salve
meu timão calçado vermelhão, pique esconde
saí de traz do portão, salada de fruta, beijo no
rosto verruga na mão, copo bola sopro de sabão.
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Pipa de papel de pão, linha de costurar solução,
madeira jogado na cela peão, bola de gude jogada
com mão, cuspi à distancia bala distribuição, carniça
corre cuidado medo coração perde última posição.
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Dona Dede Caboclo arruda junho festão, Lampião
cangaceiro sentado no portão, Lalá bacia doce Cosme
Damião, posteriormente lombrigas de montão, tudo
certo verso dor de barriga purgante sai reverso.
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História do passado aqui pouco relatado, hoje crianças
presas ao quadrado nada aprendizado, não brinca na
areia, livre de poeira, se liga postura bobeira! Tudo na
vida é brincadeira, cachorro quem vive de coleira.
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Sinal da Cruz. Amem!
Karamujô
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